segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Conto de Natal de uma noite de verão

Era uma terra fria, mas não climaticamente falando, e sim em termos de coração e compaixão. O interesse que prevalecia era econômico, e para isso não poupava-se pisar e humilhar em quem quer que fosse, ainda que fosse o mais humilde dos humildes. A vaidade e o orgulho imperavam, o individual sobrepunha-se ao coletivo. Falava-se muito e fazia-se pouco pelo próximo. As aparências eram belas e o cheiro o mais perfumado que o ouro podia pagar, mas o mais perspicaz podia ver como por baixo daquela superfície tudo era feio e fedido.
Até que uma divindade resolveu pôr um basta nesse estado de coisas, nasceu homem, entre os mais simples, sofreu e foi perseguido em sua extrema humanidade, viveu uma curta vida de utopia de justiça, benevolência, caridade e compreensão.
Passou pelo que passou para nos deixar a mensagem, 2000 anos depois, de que podemos e devemos ousar ser diferentes, nos compadecermos, sermos íntegros e sinceros, e nunca perdermos a esperança de que dias melhores virão, para aqueles que forem puros de coração, e agirem de acordo com suas convicções.

Nenhum comentário:

Postar um comentário